Resenha
Livro: Droga de Americana
Autor: Pedro Bandeira
Ano de lançamento: 2001
Droga de Americana é o quinto livro da séria os Karas,
escrito por Pedro Bandeira. Nesse livro, ocorre o sequestro da filha do
presidente dos Estados Unidos, quando ele vem ao Brasil fazer um discurso
juntamente com o presidente do Brasil. Sua filha estava participando de uma
apresentação de ginástica olímpica com sua amiga brasileira, Magrí, quando é
sequestrada.
Isso é o que todos pensam que aconteceu. Na realidade,
Magrí e Peggy, a filha do presidente, são muito parecidas fisicamente. No lugar
de Peggy, os bandidos sequestram Magrí e é óbvio a resolução desse problema é
trabalho para os Karas.
Gosto sempre do clima leve dos livros de Bandeira
dessa série, mas que sempre abordam assuntos relacionados às questões sociais e
políticas. Essa quinta obra não foi diferente, apesar de a meu ver ser o mais
fraco de todos os cinco livros da série. Isso pode se dever ao fato do livro
ter sido lançado somente muitos anos após o quarto livro, tendo um espaço tão
grande entre as continuações, fazendo perder um pouco o ritmo. Apesar disso, as
cenas são bem marcantes e algumas muito hilárias, como quando por exemplo o
detetive Andrade tenta entender o que os agentes da CIA estão falando, pois ele
não fala uma palavra de inglês. Temos ainda nesse livro um diferencial: o
detetive Andrade(Android haha), não sabe do envolvimento dos alunos do colégio
Elite nesse caso.
A questão social desse livro é o desarmamento da
sociedade americana, trazido à baila de maneira sutil com o grupo Heróis em
Defesa da América para os Americanos. Esse grupo defende a todo custo o que
eles consideram o American way of life, ou estilo de vida dos Americanos. A sociedade
norte americana é pautada na tecnicamente liberal liberdade de expressão e
defesa à qualquer custo, sendo em muitos Estados permitido ao cidadão andar
armado. Nesse livro é feito o questionamento, muito bom por sinal, de quem
ganha realmente com essa política armamentista da sociedade americana, ou seja
os grandes empresários e políticos. Enquanto isso, a população segue sofrendo
com a violência civil e vários países pobres continuam a orbitar em torno dos
Estados Unidos, numa dependência tanto financeira quanto política.
Se eu recomendo a leitura? Muito. Apesar de ser o
livro que considero mais fraco da série, ainda é um livro excelente, por conta
dos questionamentos que levanta e por ressaltar , como sempre, o valor da
amizade do grupo do Karas, que se encontra acima de quaisquer outras questões.
O mundo todo é trabalho para os Karas!