Resenha - Diário de Anne Frank
O livro é o resultado de um diário escrito pela própria
Anne Frank, uma menina judia que viveu de 1942 a 1944 com sua família escondida
em um anexo secreto de um prédio de escritório, fornecido pelo patrão do pai
dela, fugindo dos alemães durante a Segunda Guerra Mundial. Devido ao fato de
ser narrado por uma pré-adolescente (na época Anne possuía 13 anos), o relato
começa de maneira infantil, narrando o dia a dia da família Frank e Van Dan (outra
família que vive com os Frank) no anexo secreto, como era chamado o esconderijo.
Esse tipo de recurso de narrativa já foi utilizado em outras obras, como por
exemplo Festa no Covil de Juan Pablo Villalobos, com a diferença de que nesse
caso não é um recurso, mas sim um livro realmente escrito por uma menina, sem a
intenção ou mesmo sem perspectiva de que algum dia alguém, além dela mesma,
pudesse estar lendo suas agruras e alegrias. Percebemos ao longo do livro o
amadurecimento da protagonista, conforme o tempo passa, acompanhando a
transformação de uma pré-adolescente à uma jovem mulher, que foi forçada a
amadurecer muito cedo por conta das circunstâncias da vida. Narra todas as
inquietações que uma menina nessa idade geralmente possui, além de retratar o
cotidiano da guerra. Por ser um relato pessoal, é carregado de subjetividade,
que confere veracidade ao texto e te transporta de maneira singular para essa
triste época da história da humanidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário